A Prefeitura de Manaus apresentou nesta terça-feira, 1º/9, as diretrizes para o 2º semestre do ano letivo, na rede municipal de ensino, aos membros da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), por meio de videoconferência. Gestores da Secretaria Municipal de Educação (Semed) expuseram o planejamento que possui cinco fases, até dezembro de 2020, conforme respaldo e autorização dos órgãos competentes. Ainda não há previsão para o retorno às aulas presenciais nas escolas municipais, o que só deverá ocorrer após liberação das autoridades de saúde sanitária.
Para o restante do ano letivo, a Semed elaborou um plano de flexibilização, que inicia a partir deste mês de setembro. Nesse plano, estão previstas várias propostas, como a continuidade do “Nem um a Menos” e o “Apadrinhamento Pedagógico”, uma forma de apoio aos alunos no ensino remoto, por meio do projeto “Aula em Casa”.
A secretária da Semed, Kátia Schweickardt, foi quem apresentou o plano junto com os subsecretários da pasta. Segundo ela, Manaus tem feito uma revolução educacional, mesmo sem a existência de uma coordenação nacional, ou mesmo um redirecionamento para apoiar financeiramente os municípios, que precisaram se readaptar às suas próprias realidades e manter o fluxo escolar. Na avaliação da secretária, os países que levam a sério e que não negam a pandemia da Covid-19, organizaram programas de retorno com eficiência e possuem uma coordenação nacional.
“O esforço de algumas redes de educação é visível e no nosso Estado existem algumas secretarias no interior que não têm conseguido fazer nada, porque não existe um suporte, equipe, coordenação e nem diretriz nacional. A pandemia trouxe uma série de desafios para os quais ninguém estava preparado. Então, de forma muito responsável, passamos a discutir educação e, conforme orientação do prefeito Arthur Virgílio Neto, começamos a elaborar estratégias educacionais para enfrentamento da Covid-19 e depois a educação além da escola. Fizemos um trabalho muito forte no sentindo de nos aproximar das famílias, principalmente as mais vulneráveis, apoiar os professores, além de disponibilizar aulas também na TV aberta, para atender aqueles que não possuem internet”, afirmou.
A subsecretária de Gestão Educacional, Euzeni Araújo, esclareceu ainda que a prefeitura fará um trabalho de suporte e apoio nas escolas, de modo a garantir a educação de forma segura e saudável, em que as unidades de ensino terão autonomia para desenvolver cronogramas de ação.
“As unidades de ensino contam com o acompanhamento de assessores, como o da gestão, que levantam todos os dados para auxiliar a gestão maior na tomada de decisões em benefício dos alunos e professores, e o outro é o pedagógico, que orienta todas as ações pedagógicas. Cada assessor tem a sua responsabilidade com as escolas que acompanha. Então assim, cada escola organiza da melhor forma possível o atendimento dos alunos e professores”, explicou.
Os defensores da DPE-AM puderam contribuir com algumas ideias em benefício das crianças e jovens, que fazem parte da rede municipal de ensino. O subdefensor-geral do Amazonas, Thiago Rosas, disse que o encontro é uma forma de acompanhar a atuação dos poderes na escola.
“Nosso papel é acompanhar como está a atuação dos poderes nas escolas. Tivemos essa mesma reunião com o secretário de Educação do Estado e queremos, também, acompanhar o município. Nessas reuniões ouvimos e conhecemos a situação de cada secretaria e fazemos algumas considerações para que a gente atue da melhor forma com as crianças e adolescentes, garantindo seus direitos fundamentais”, disse o subdefensor.
Texto – Érica Marinho / Semed
Fotos – Ione Moreno / Arquivo Semcom
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