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Moura Tapajóz lança primeiro Protocolo de Parto e Nascimento do Amazonas

A Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), da Prefeitura de Manaus, divulgou oficialmente nesta terça-feira, 22/12, o primeiro Protocolo Assistencial de Parto e Nascimento elaborado por uma maternidade no Amazonas. O documento, baseado nas mais recentes evidências científicas, é fruto de um extenso trabalho de estudos e de discussões realizados pelos profissionais da unidade e representa mais um avanço no processo de melhoria da assistência prestada às parturientes e aos recém-nascidos da MMT.

“A institucionalização do protocolo é uma conquista muito importante para padronizar as práticas na assistência e representa uma segurança a mais tanto para os usuários quanto para os profissionais e para a maternidade. Em nossa maternidade municipal, conforme nos determina o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, não são admitidas práticas de rotinas que não possuam fundamento científico para justificar sua ação”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.

O protocolo apresenta orientações sobre as práticas recomendadas no momento do parto e nascimento, segundo o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS); pelo Ministério da Saúde, por meio da Rede Cegonha; e pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O documento também aborda temas como Acolhimento e Classificação de Risco, Avaliação Obstétrica, Métodos Não Farmacológicos de Alívio da Dor no Parto, Cuidados Maternos Imediatamente Após o Parto, e Assistência ao Recém-nascido, dentre outros, ao longo de suas 62 páginas.

Segundo a diretora da MMT, enfermeira obstetra Núbia Pereira da Cruz, o protocolo é necessário para garantir o alinhamento do atendimento prestado por todos os profissionais da Moura Tapajóz. “As práticas, com o tempo, sofrem alterações em virtude da atualização dos estudos e da construção de novas evidências científicas, e precisamos estar sempre nos atualizando para garantir o melhor atendimento possível às mulheres, aos recém-nascidos e às famílias”, explicou a diretora.

Em janeiro, serão iniciadas oficinas de capacitação para os 727 funcionários da maternidade. “O protocolo vai dar início a um novo momento na Moura Tapajóz, com novas formas de pensar, de fazer e de atender o nosso usuário. E é muito importante que todos nós profissionais estejamos abertos a esse novo modelo. Temos que organizar o serviço para garantir o protagonismo das mulheres e mudar a forma como nos relacionamos com esse usuário, ampliando o diálogo”, destacou uma das responsáveis pela elaboração do documento, a assistente social Loiana Melo.

O lançamento contou com a presença de representantes da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras do Amazonas (ABENFO-AM).

Avanços

Em 2020, mesmo com todas as dificuldades, a Prefeitura de Manaus concretizou o objetivo de realizar uma manutenção na maternidade e adequar suas instalações para atender ainda melhor as pacientes, principalmente com a mudança no ambiente do parto. Agora, com os novos quartos de pré-parto, parto e pós-parto imediato (chamados de quartos PPP) a parturiente fica muito mais confortável, pois não há mais a necessidade de ela sair de um espaço para outro para ter o bebê, podendo vivenciar todo o processo no mesmo local, do início ao fim, com a mesma equipe e com mais privacidade.

No início do mês, a maternidade também foi responsável por inaugurar o primeiro leito preparado especialmente para as pacientes indígenas, mais um passo dado no processo de humanização da assistência às diversidades étnico-culturais, e que será utilizado para o período do pré-parto, para a realização do parto de cócoras e para o pós-parto imediato, oferecendo comodidade às mulheres ao mesmo tempo em que respeita a cultura e as tradições da população indígena.

Em outubro, a Moura Tapajóz realizou o I Curso de Aperfeiçoamento realizado pela iniciativa local para Enfermeiros Obstetras em toda a região Norte. O aperfeiçoamento antecedeu a implementação do modelo de assistência ao parto e nascimento preconizado pela OMS, por meio da inserção de enfermeiros obstetras no cenário de parto de risco habitual, ou seja, de baixo risco.

“2020 foi um ano de muitas dificuldades, mas também de muitas conquistas”, afirmou Núbia Cruz. “Apesar da complexidade do momento, com muito empenho e por meio das parcerias e articulações necessárias, conseguimos quebrar paradigmas e avançar em vários aspectos”, completou a diretora.

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