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Governo do Amazonas integra sistemas para evitar desperdícios de medicamentos

O governador em exercício e secretário de saúde, Carlos Almeida, afirmou, nesta quinta-feira (28/02), que a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) está integrando os sistemas da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) com as demais unidades da rede de saúde do estado. A informação foi apresentada aos deputados durante a reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM). Na ocasião, ele apresentou o panorama da Saúde e as ações de governo para solucionar os problemas crônicos encontrados pela atual gestão.

De acordo com Carlos Almeida, a medida vai evitar o desperdício, além de permitir um panorama geral da situação do abastecimento de remédios e insumos. De acordo com o governador em exercício, a Cema possui um sistema de gerenciamento de armazenamento que permite o controle dos estoques, mas que não estava integrado até domingo (24/02) com os sistemas que se encontram nas 57 unidades hospitalares. O sistema está passando por adequações com o auxílio da Prodam e demais técnicos para a efetivação da integração.

“Para que nós possamos fazer um controle adequado, nós precisamos informatizar também a gestão documental para que qualquer órgão de controle possa acessar sem ter que nos solicitar. Isso pra gente é uma segurança, porque eu garanto transparência”, explicou Carlos Almeida.

Prejuízo – Um dos casos de falta do controle e integração dos sistemas de armazenamento são os mais de R$ 600 mil em medicamentos vencidos na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon). Os medicamentos adquiridos pelas gestões anteriores estavam fora do padrão de consumo da unidade e, antes que perdessem o prazo, foram enviados para outras secretarias estaduais.

Já na Cema, em uma das salas, foram encontradas 3.319 latas de leite NAN que deveriam ter sido colocadas no estoque e estão com o vencimento para o dia 1º de abril, sendo resultado da falta de controle do sistema de abastecimento.

“Nós temos que tomar providências para que isso não aconteça. E isso o coordenador da Cema, Antônio Paiva, identificou agora e está tomando as providencias para que nós possamos enviar isso para a rede, seja municipal, assistencial, para que esse não seja um prejuízo mais humanitário do que um prejuízo financeiro que ele já representa”, esclareceu o governador em exercício.

Abastecimento – Carlos Almeida voltou a dizer que os níveis de abastecimento serão organizados no período de seis meses a contar de janeiro. “Isso faz com que tenhamos que fazer a deflagração de todos os processos licitatórios, fazer a adequação dos procedimentos conforme a legislação e manter um nível de retaguarda necessário”, declarou.

O trabalho da Susam é contratualizar os fornecimentos de medicamentos com a deflagração de processos licitatórios para o estoque mínimo. “Nossa obrigação é exterminar os contratos indenizatórios. Eles não podem existir da forma como estão hoje. Dos R$ 30 milhões de débitos que temos de medicamentos pretéritos do ano passado, mais de R$ 17 milhões são indenizatórios e isso é crítico”, pontuou o titular da pasta.

Planejamento – O governador em exercício apresentou as providências que serão tomadas a médio e longo prazo no setor da saúde com as ações do executivo aos parlamentares na Comissão de Saúde. “Foi esclarecido com a presença de diversos deputados o nosso caminhar para as soluções críticas e agora imediatas, em especial a H1N1, e a recepção que nós encontramos, em especial e em relação a pagamentos e desabastecimento”, ressaltou Almeida.

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