O prefeito de Manaus, David Almeida, salientou em entrevistas concedidas, na noite, desta quarta-feira, 13/1, à Band Notícias e CNN Brasil, a importância do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) adiar a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Estado, previsto para ocorrer neste fim de semana. Para ele, a decisão é a única aceitável, tendo em vista o crescente número de novos casos de Covid-19, registrados diariamente na capital.
David Almeida fez questão de frisar que, nesta quarta-feira, Manaus registrou o recorde de sepultamentos, 198 no total, superando os 167 registrados no dia 26 de abril do ano passado.
O prefeito afirmou que Manaus não tem condições de realizar o Enem nas escolas municipais, uma vez que o isolamento social é necessário para que ocorra uma queda no índice de novos infectados.
“Não temos condições de fazer o Enem neste fim de semana. Nós estamos bem no pico da incidência da proliferação do vírus, e seria uma temeridade abrir as escolas no momento em que nós estamos pedindo para a população permanecer em casa, exatamente para manter o distanciamento social, para que possamos diminuir essa curva”, observou Almeida.
Proibição
Sobre a decisão do governador do Pará, Helder Barbalho, de decretar a proibição da entrada de embarcações com passageiros provenientes do Amazonas no estado vizinho, David Almeida se mostrou surpreso e afirmou que, caso fosse governador do Estado, emitiria um decreto aplicando o princípio da reciprocidade, fechando, assim, a fronteira do Amazonas com o Pará.
O prefeito de Manaus lembrou que a atitude é delicada, em virtude de muitos moradores do Pará receberem atendimentos hospitalares em unidades instaladas em municípios do Amazonas, citando como exemplo Parintins. Além disso, uma parte desses pacientes também é atendida nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e hospitais de Manaus.
“Não sou governador do Amazonas, eu sou o prefeito de Manaus. Porém, se fosse governador, aplicava o princípio da reciprocidade com relação à atitude do governador do Pará, até porque, muitos dos pacientes que atendemos nas nossas unidades de saúde de Manaus e na cidade de Parintins, são pacientes vindos do estado vizinho”, concluiu.