Mais previsões: Tempo em Rio de Janeiro
Pesquisar
Close this search box.

Amazonas, Acre e Rondônia discutem criação de Zona Especial para o Desenvolvimento Agropecuário

Proposta foi um dos assuntos tratados por Wilson Lima durante passagem pelo Acre no fim de semana

Um projeto desenvolvido em parceria quer integrar Amazonas, Acre e Rondônia e implantar uma Zona Especial para o Desenvolvimento Agropecuário (Amacro) entre os três estados. O governador Wilson Lima discutiu a proposta com os governadores do Acre, Gladson Cameli, e de Rondônia, coronel Roberto Rocha, durante a Expoacre 2019, a Feira de Agronegócios do Acre, em Rio Branco.

Os governadores debateram sobre as vantagens que a criação da zona de desenvolvimento agropecuário pode trazer, os pontos críticos e dificuldades, além das medidas necessárias para a delimitar a região e fomentar o agronegócio de forma sustentável.

Os estados apresentam como vantagens para criação da Amacro elementos importantes, como a localização e o clima, a abertura com o Pacífico pela Estrada Interoceânica, a conclusão da ponte sobre o rio Madeira, o reinício das obras de asfaltamento da BR-319, o complexo portuário-hidroviário do Alto Rio Madeira e a inclusão das três regiões no Bloco I do Plano Nacional de Retirada da Vacinação Contra Febre Aftosa para o rebanho bovino.

“Nós temos uma atividade agropecuária muito forte aqui no sul do Amazonas, que acaba fazendo uma conexão com o estado do Acre. Estamos muito felizes com o avanço que agora em outubro vamos ter, com a dispensa de vacinação contra a febre aftosa nessa região e a possibilidade de comercializarmos a nossa carne com a União Europeia”, disse Wilson Lima.

O governador do Acre, Gladson Cameli, ao comentar sobre a Expoacre, destacou a importância de desenvolver a região.

“Esse ano estamos na linha do agronegócio e da industrialização. Estamos contando com a presença de dois governadores, do Amazonas e Rondônia. Pretendemos fazer um pacto para fortalecer o agronegócio no Norte e a industrialização. É importante ressaltar que respeitamos as nossas leis e queremos fazer um agronegócio sustentável, dando oportunidade a todos”, afirmou.

O secretário de Produção Rural do Amazonas, Petrucio Magalhães Júnior, que também esteve no Acre, avaliou como um passo importante as discussões para a criação da Amacro, e destacou a preocupação ambiental como o grande diferencial.

“O sul do estado tem uma cultura de agronegócio, e isso precisa ser incentivado. Agora, é claro, temos uma preocupação ambiental, porque estamos na Amazônia, e tão importante quanto os recursos naturais é o nosso povo. O que se quer é um desenvolvimento de fato sustentável”, declarou o secretário.

Wilson Lima explicou que a ideia é avançar em diversas áreas e trabalhar em conjunto para buscar recursos federais que possam viabilizar projetos.

“Vamos trabalhar ações com relação a barreiras sanitárias, controle de pragas, postos de fiscalização, compartilhamento de tecnologias, de inovações, e tudo isso visando o desenvolvimento dessa região que há muito tempo tem sido esquecida, tem sido relegada”, afirmou Wilson Lima.

Na divisa do Amazonas com o Acre, um posto de fiscalização inaugurado no passado nunca funcionou. A estrutura vem se deteriorando com o tempo, e a ideia é dar uma destinação ao patrimônio.

Wilson Lima ressaltou que Amazonas e Acre discutem a abertura da estrada que liga Envira, município amazonense, a Feijó, no Acre.

Outras parcerias – Durante a agenda no Acre, Wilson Lima conversou com Carlos Oliveira, ministro-conselheiro chefe do setor de Políticas da União Europeia para Economia, Indústria, Mercado Digital e Mobilidade. O governador do Amazonas e o ministro vão discutir possíveis parcerias entre o Amazonas e a União Europeia.

Wilson Lima fez também o convite para que uma comitiva da União Europeia visite o Amazonas e conheça os projetos desenvolvidos pelo Estado para promover o desenvolvimento econômico e social.

Além disso, Wilson Lima alinhou com o governador do Acre, Gladson Cameli, agenda para discutir a situação da segurança na divisa entre os estados e também na região de fronteira. A ideia é trabalhar de forma integrada para combater o tráfico de drogas.

RELACIONADOS