O Governo do Amazonas está buscando financiamento federal para retomar as obras do Projeto Cachoeira Grande, iniciado em 2011, logo após incêndio na comunidade Arthur Bernardes naquele mesmo ano, localizada ao lado da ponte do bairro São Jorge. Ao longo desse tempo, o terreno foi aterrado e terraplanado, mas o projeto habitacional sequer foi iniciado.
Nesta quarta-feira (19/06), o vice-governador e secretário-chefe da Casa Civil, Carlos Almeida, esteve com o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Henrique Canuto, para pleitear a liberação do recurso para a construção das unidades habitacionais, 512 apartamentos pelo projeto atual. Da audiência, também participou o presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), deputado estadual Josué Neto.
O ministro afirmou que o projeto do Estado será estudado. “Hoje, estamos com o orçamento comprometido com os projetos já recebidos, mas pode haver sobra de orçamento. O outro caminho será a busca de suplementação orçamentária”. Canuto ainda lembrou que a bancada do Amazonas também pode construir caminhos para o financiamento do projeto. Nesse sentido, destaca o vice-governador, o presidente da ALE será importante na articulação política.
Carlos Almeida afirma que o Projeto Cachoeira Grande atenderá não apenas os moradores da antiga comunidade Arthur Bernardes, mas também do bairro Educandos, atingida por um outro grande incêndio, em dezembro de 2018. Isso será possível porque a maioria das famílias da área do São Jorge foi atendida nos últimos anos, com indenizações e moradias no Prosamin.
“A pauta habitacional é uma das mais importantes para o governador Wilson Lima, e, nesse caso, estamos retomando um projeto que estava parado’”destaca. O vice-governador antecipa que, além de trabalhar a resolução de casos emergenciais, o Governo estrutura projeto habitacional para ordenar a demanda por moradia no médio e longo prazos, e que deve ser lançado no segundo semestre desse ano.
Das 600 famílias que perderam as casas na comunidade Arthur Bernardes, a maior parte foi indenizada ou alocada no Prosamin. Restam 90 famílias que ainda vivem do auxílio-aluguel pago pelo Governo do Estado. Elas receberão apartamento no projeto habitacional e as demais unidades serão destinadas às vítimas do incêndio do Educandos.
Descontingenciar recursos – O secretário Executivo da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Marcellus Campelo, explica que a dificuldade atual, para que sejam construídos os apartamentos, é que o Governo Federal suspendeu recursos para novos projetos do Minha Casa Minha Vida e o Projeto Cachoeira Grande foi enquadrado dessa forma.
“Estamos com o vice-governador aqui no Ministério do Desenvolvimento Regional, que incorporou o Ministério das Cidades, justamente para explicar que o Projeto Cachoeira Grande não é novo”, destaca o secretário executivo da Seinfra, Marcellus Campelo.
Ele relembra que o Projeto, localizado ao lado da ponte do bairro São Jorge, foi iniciado em 2011, com as obras de urbanização. “Agora precisamos que o governo federal libere o financiamento para construirmos os apartamentos, avaliado em R$ 42 milhões”, afirma Marcellus.