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Prefeitura de Manaus intensifica operação ’Estiagem’ e atende mais 420 famílias ribeirinhas da área rural da capital

Devido à vazante histórica dos rios que isola centenas de comunidades ribeirinhas e agrícolas dos polos de Manaus, a ação humanitária da prefeitura foi intensificada, neste sábado, 7/10, por servidores voluntários das secretarias municipais de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc) e Limpeza Pública (Semulsp), que realizaram a entrega de mantimentos para 420 famílias moradoras das comunidades do Pagodão, Chita, Terra Preta, Santa Maria, Bela Vista do Jaraqui, Costa do Arara, localizadas na área rural da capital.

De acordo com a diretora de agricultura da Semacc, Meyb Seixas, até o próximo domingo, todas as comunidades da região do Baixo Amazonas e Calha do Rio Negro vão ser atendidas com cestas básicas, kits de higiene e água potável para, ao menos, 30 dias.

“Hoje, nossa equipe dobrou, estamos em 30 voluntários distribuídos em balsas, botes e rabetas. A missão dada pelo prefeito David Almeida é que possamos entregar os mantimentos e concluir essa primeira etapa de entregas para as famílias do Baixo Amazonas e Calha do Rio Negro, e vamos cumprir. Algumas equipes vão pernoitar e, amanhã, continuaremos as entregas. Algumas dessas comunidades já estão isoladas, e as dificuldades ficam ainda maiores, não podemos perder tempo”, disse Meyb.

Logística

As equipes da prefeitura estão trabalhando, diuturnamente, abastecendo as balsas que saem com os mantimentos para ancorar em áreas que fiquem mais próximas às comunidades, depois, pequenos botes são abastecidos, de acordo com o número de moradores.

As embarcações saem em direção às localidades e param em escolas municipais e barracões das associações; tudo, previamente e logisticamente, agendado com o líder comunitário, facilitando um pouco mais o percurso, principalmente para os moradores que já estão isolados e necessitam fazer o trajeto andando pelos locais onde antes eram rios, mas, agora, estão secos devido à vazante”.

Para a agricultora Maria do Perpétuo Socorro, moradora da comunidade Chita, que, no momento, está totalmente isolada por meio fluvial, os mantimentos, oferecidos pela prefeitura, são a única fonte de sustento para, ao menos, os próximos 30 dias.

“Estamos isolados, nosso rio está seco, precisei vir andando, mais de uma hora, fazendo o trajeto a pé, o que seria realizado em 20 minutos de rabeta, caso o rio estivesse cheio. Mas vim, porque é a única maneira de ter água potável e alimentos para os próximos dias. A vida não está fácil, mas tenho gratidão a cada uma dessas pessoas que estão aqui, hoje, nos ajudando”, disse a moradora.

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