A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou, nesta terça-feira, 7/3, a abertura da Campanha de Combate ao Bullying Escolar 2023, na escola municipal Gilberto Rodrigues dos Santos, no conjunto Viver Melhor, bairro Lago Azul, zona Norte. A programação contou com rodas de conversas, palestras com profissionais da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, oficinas, produção de textos, vídeos, atividades musicais, desenhos, entre outras atividades. A campanha é realizada em cumprimento à Lei Municipal nº 2.104, de 6 de abril de 2016, que institui, no calendário oficial da cidade de Manaus, o “Março Laranja”.
A iniciativa visa promover, no âmbito escolar e no da sociedade em geral, o debate sobre o bullying nas escolas, estimulando campanhas educativas e informativas, bem como a sensibilização, o diagnóstico e a prevenção desse tipo de violência, envolvendo a comunidade, os pais, alunos e professores.
De acordo com a coordenadora das Ações de Prevenção e Enfrentamento às Violações dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, da Gerência de Atividades Complementares e Programas Especiais (Gacpe) da Semed, Eliane Hayden, este é um trabalho intenso realizado pela pasta, neste mês, sobre a temática, o qual envolve toda a rede municipal.
“A nossa proposta é para que todas as escolas promovam atividades. A gente pensa que as crianças não estão sofrendo bullying e a situação é muito séria. Esses atos que são praticados são muito sérios, mas que precisam ser coibidos. Por isso, todas as escolas vão criar ações, segundo planejamento e realidade de cada local“, ressaltou.
Com o tema “Bullying”, a palestrante Márcia Mesquita, coordenadora da parte psicopedagógica da Faculdade Estácio do Amazonas, disse que procurou deixar os alunos bem orientados sobre o assunto, bem presente dentro de qualquer unidade de ensino.
“Nossa temática foi mostrar o dia a dia. Como por exemplo, não posso chamar meu coleguinha de feio, negro, entre outras coisas assim. Mostrar as consequências, se meus amiguinhos sofrerem bullying. Outra situação é que os alunos fazem também os gestores e professores sofrerem bullying, quando dizem que meu professor é feio. A realidade de hoje é transmitirmos aos estudantes, por meio de vídeo, que eles possam reconhecer quando isso acontecer em sala de aula”, ressaltou.
O aluno do 6º ano matutino, Luiz Henrique Araújo de Souza, 12 anos, participou da palestra. Para ele, esse foi um aprendizado incrível e importante para ajudar na identificação de alguma situação grave.
“Aprendi que não se pode fazer bullying no colégio, mesmo se o colega for gordo, preto, usar óculos e um monte de coisas e nem chamar de anão e tudo isso. Quando era mais novo, nem conhecia sobre isso, e passei a saber mais aqui na escola. A gente tem que orientar para não cometer bullying”, comentou.