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Prefeitura realiza encontro com entidades da sociedade civil voltadas para autistas

Integrando a programação da Prefeitura de Manaus em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado no último dia 2/4, a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) promoveu, nesta terça-feira, 12, o 1º Encontro Municipal de Organizações da Sociedade Civil e Entidades Governamentais. O evento foi realizado no parque municipal do Idoso, bairro Nossa Senhora das Graças, na zona Centro-Sul, e reuniu, servidores da Semasc, e também das secretarias municipais de Saúde (Semsa), de Educação (Semed) e Fundo Manaus Solidária.

Com o tema “Avanços e Desafios no Atendimento das Pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista)”, o evento teve o objetivo de fortalecer as entidades representativas de pessoas com autismo e suas famílias, além de discutir a situação atual da população com o TEA.

“Por meio da discussão poderemos avaliar os atendimentos que estão sendo realizados, dentro de todas as políticas públicas que nós desenvolvemos na Prefeitura de Manaus. Por determinação do prefeito David Almeida, a proposta é que nós estejamos mais próximos das organizações que atuam com pessoas autistas e a partir daí, fortalecer a rede de atendimento”, informou a secretária da Semasc, Jane Mara Moraes.

A pessoa com TEA apresenta diferentes graus, sendo possível encontrar aqueles com quadros considerados leves e outros com quadros mais graves. O nível de apoio a cada uma delas deverá ser correspondente a esse grau de gravidade.

O diagnóstico tardio, que é prejudicial para os autistas, uma vez que as terapias são importantes para o seu desenvolvimento completo, foi um dos assuntos discutidos durante o evento.

“Esse encontro tem uma importância muito grande, já que há algum tempo quase não se ouvia falar sobre o autismo. Hoje, para nós está sendo um momento histórico pois poderemos dialogar com o poder público sobre as nossas necessidades e quem ganha são os autistas”, comentou a vice-presidente do Instituto Amigo Anjo, Rosane Queiroz.

A aproximação com as entidades que atuam com as pessoas com TEA também foi destacado pelo presidente do Fundo Manaus Solidária, Emerson Castro. “Além desse encontro que estamos tendo aqui, já firmamos algumas parcerias com as organizações que atendem autistas. Nosso objetivo maior é fazer com que cada vez mais essas organizações se aproximem do poder público, levando mais políticas públicas para quem precisa”, pontuou Emerson.

A Prefeitura de Manaus possui o Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy (Eamaar), no Alvorada, zona Oeste, que atende os autistas até 14 anos, com uma equipe multidisciplinar composta por pediatra, psiquiatra, neuropediatra, dentista, psicólogos, psicopedagogos, educador físico, serviço social, enfermagem, fisioterapia e enfermagem.

“Estamos fazendo um balanço sobre os avanços e desafios do atendimento às pessoas com autismo, no município de Manaus. Desde o início do mês temos realizado uma série de atividades voltadas para o desenvolvimento dos autistas, com programações que contemplaram também as suas famílias. E é desse envolvimento do poder público com as organizações que poderemos avançar nesse trabalho”, concluiu a subsecretária de Políticas Afirmativas para as Mulheres e Direitos Humanos da Semasc, Graça Prola.

TEA

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento, que como toda deficiência, não tem cura, mas pode ter seus sintomas suavizados com um acompanhamento adequado e precoce do paciente. O transtorno é observado logo nos primeiros anos de vida, mas os sintomas nem sempre são os mesmos para todos. Podem se manifestar da seguinte forma: movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos (por exemplo, estereotipias motoras simples, alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).

Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco (por exemplo, forte apego ou preocupação com objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou perseverativos). Hiper ou hipoatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente (como indiferença aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento).

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