Sessões no Teatro Amazonas acontecerão às 10h, 17h e 20h. Já no Casarão de Ideias, às 22h. Programação toda gratuita
MANAUS – O fim de semana chegou e a programação para a sexta-feira (11) do 14º Festival de Teatro da Amazônia vem intensa. No Teatro Amazonas tem às 10h, ‘De Encontro’ (AM); às 17h, ‘Canções para não dizer’ (SP); e, às 20h, ‘Ovelha Dolly’ (DF). Já no Casarão de Ideias, às 22h, será a vez de ‘Lugar da chuva’ (AP). O festival é uma realização da Federação de Teatro do Amazonas (Fetam), com apoio cultural do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (SEC), e Cenart. A programação é inteiramente gratuita.
Com censura livre, a Criatê, grupo do Amazonas, sobe ao palco do Teatro Amazonas às 10h. A peça ‘De Encontro’ mostra a dupla de atores Camila Duarte e Clayson Charles, com apenas dois banquinhos no palco, dando vida a personagens inusitados de histórias sobre encontros, compartilhados por pessoas nas ruas e nas mídias sociais. Apresenta uma dramaturgia que transita entre o real, o fictício e suas próprias experiências. Encontros como, de duas amigas de longa data, o encontro com um cachorro, um desencontro, um primeiro encontro, e, até o encontro com um assaltante. Relatos estes abordados para a cena de forma leve e sensível, possibilitando ao espectador a identificação na dor e no riso dessas personas.
Já o espetáculo ‘Canções para não dizer’, de São Paulo, é livremente inspirado no poema “O corvo”, de Edgard Allan Poe, levando ao palco um homem fragmentado em busca de uma identidade genuína. Na peça, o arquivista Marcelo é obrigado a passar a noite trancado na repartição pública em que trabalha. Do diálogo que estabelece com um pombo, desenrola uma reflexão reveladora sobre suas identidades. A plateia tem a oportunidade de escrever nas paredes do cenário e, como resultado dessa ação, é construída a identidade do personagem. A montagem usa a dança, o canto e a inércia como elementos de estranheza e o improviso como carro-chefe. A apresentação será às 17h, no Teatro Amazonas.
Às 20h, também no Teatro Amazonas, é a vez da peça ‘Ovelha Dolly’, de Brasília, que retrata a famosa ovelha clonada em 1997, há vinte anos. A cena de teatro performativo é humorística com os grandes campos simbólicos em que a ovelha se encaixa: Ciência, Arte e Religião. Joga com os símbolos da ovelha, um animal de sacrifício. Em cena, com apenas um microfone e uma lona laranja de embalar produtos no chão, Dolly dará seu depoimento de fama, decadência, processo de clonagem e morte. A classificação é para público acima de 16 anos.
Casarão e Ateliê 23
Única peça a se apresentar no Casarão de Ideias, às 22h desta sexta-feira (11), ‘Lugar da chuva’, do Amapá, com classificação etária de 14 anos,é uma viagem poética e política pela Amazônia amapaense. A dramaturgia cartográfica, que organiza o texto por ilhas, acompanha a trajetória de dois narradores-viajantes por diversos locais na foz do Rio Amazonas, reinventando as sensações que atravessam durante o percurso entre a cidade e a floresta, entre o mato e o concreto, entre o rio e a rua. Em cena, entremeiam-se reflexões sobre um Amapá atual, urbano e globalizado, em suas complexas relações com a história, as ancestralidades e a natureza.
No próprio Casarão de Ideias e também no Ateliê 23, as noites após as apresentações do 14º FTA terão encontros, festividades e bate papo com os presentes ao evento sobre política cultural, buscando maneiras de ultrapassar as barreiras do custo amazônico em meio a tanta adversidade no país. No sábado (12) e domingo (13), no Ateliê 23, acontecerá o projeto OUVE, com proposta de intercâmbio entre artistas locais e os que estão visitando a cidade para o festival com um apanhado de canções que embalam os espetáculos da Cia. Ateliê 23, nos últimos seis anos.
O ciclo de debates dos espetáculos participantes do festival é constante e acontece até o dia 13 de outubro, sempre às 11h30, com mediação de Márcio Braz e Francis Madson, no Ateliê 23. Mais informações pelos números de whatsap 99331-7090 e 98430-2531.